sua pele beira a transparência
deixando aparente a beleza
de suas artérias e veias
por onde eu gostaria de correr
para irrigar seus pés, aquecê-la
febrilmente te proteger, ebulir
quando ébria de prazer, inchá-la
sempre que cansar de mim, sair
dar função a esses olhos infantes
verde-amendoados de sonhos e medos
quando encabulada, enrubescer-te
enchendo de mim suas bochechas de morder
no entanto, a melhor parte é
depois de percorrer toda sua extensão
voltar ao aconchego visceral
da minha casa, seu coração
Curte uma branquela, então!